domingo, 12 de maio de 2013





Ao Léu
Quando amar já não basta;
Dançar com a desgraça parece uma festa
A vida suplanta na dor que lhe resta
Valsando o amor nos braços da solidão.
Toda canção rege solitária
Solidária ao ardor que sucumbe a paixão.
O ser amante vaga desprovido de sua razão
Sem a régia marca que lhe dava o amor.
E na aresta que basta à vida
Amar perdeu todo sentido nesta lida ferida
Batendo apertado cruel ao coração.
O amargo de fel salienta esta dor,
Da ferida entreaberta que condena o amante ao léu
Por um amor que não deu.
Cesar Moura