domingo, 14 de julho de 2013

S.O.S

S.O.S
Mayday, mayday...
Por favor vem me salvar...
Amor amigo sinto que vou naufragar,
Minha nau iludida se perdeu no horizonte do mar,
Tenho medo das ondas e dos ventos desta tormenta
Que não quer mais cessar.
Como tromba d'água violenta
Desalenta meu credo na esperança de um novo amanhecer...
Estou além de viver, muito longe para voltar
Todo querer se perdeu com o orgulho
A cada mergulho perco um pouco de mim
Já nem sei onde estou.
Pereço na solidão como passageiro da agonia
Lutando contra uma força que não meço poder
Parece ser meu fim...
Amor, agora tão só;
Sinto um nó na garganta e o medo se agiganta,
Não tendo para onde olhar...
Ouça esta preçe,
Meu Deus salve minha alma!
Mayday, mayday, vem me salvar.
Cesar Moura

Dança Dos Pássaros

 
Quisera ouvir o canto dos pássaros
E dançar mais vivaz a cada manhã...
Ouvisse assim o uirapuru cantando,
Enquanto dançasse para mim o tangará.
Pensei de longe e senti
Uma brisa mais leve no ar...
Avistei o beija-flor planando tão livremente,
Até parecia querer comigo brincar
De quem tem no corpo a áurea leve,
A ponto de poder flutuar.
Quisera então eu pousar em um lago;
Onde houvesse flamingos...
E com eles dançar no mover do corpo o balé,
Quem sabe encontrar também um cisne negro
Para dançar com glamour nossa bela canção.
Na tela da minha mente figura
Toda beleza da criatura,
A divindade bela da criação.
Cesar Moura

Poesia

        
Quando em vão me for a poesia;
Será a vida para mim feita sem chão...
Se ao olhar na direção do céu e não contemplar as estrelas;
Toda lida se perdeu sem razão.
Na visão que retrato a ferida,
Com paixão descrevo o amor
Em favor da querida poesia,
Por labor discernindo a equação.
Universo de formato inexato,
Com palavras simples descreve uma flor...
Vejo no verso do poeta amigo,
Como um banco de praça nos remete à solidão.
Procurei sentido viver sem poesia;
Mas todavia me compele na dor...
Sou vazo seu a todo tempo,
Um argumento que fala na alma, ditado com o coração.
Assim finda o poeta, não pela liturgia erudita,
Mas por ser bendita a poesia em sua mão.
Cesar Moura

domingo, 12 de maio de 2013





Ao Léu
Quando amar já não basta;
Dançar com a desgraça parece uma festa
A vida suplanta na dor que lhe resta
Valsando o amor nos braços da solidão.
Toda canção rege solitária
Solidária ao ardor que sucumbe a paixão.
O ser amante vaga desprovido de sua razão
Sem a régia marca que lhe dava o amor.
E na aresta que basta à vida
Amar perdeu todo sentido nesta lida ferida
Batendo apertado cruel ao coração.
O amargo de fel salienta esta dor,
Da ferida entreaberta que condena o amante ao léu
Por um amor que não deu.
Cesar Moura