domingo, 25 de setembro de 2011

 
Antologia
 
Caminho ajuntando dores,
Como quem ajunta flores e espinho...
Meu antológico ser descomunal,
Sentimental a todo ver!
Rege-me perdido num paraíso
Sem saber sua distinção exata...
Ata, junta e desfere com prazer um golpe de carinho.
 
Eu em meu ninho, pequenino como sou...
Vou devagarinho juntando os meus valores,
Dissabores e um monte de momentos de alegria
Mesmo sem querer, virando poesia sem rimar.
 
Amar, para mim cola melhor com qualquer verbo,
Mesmo que o advérbio contrário me diga, não!
Sou a propósito, a coleção de muitos amores;
Igual as rosas que desabrocham em suas várias cores no jardim.
 
É o fim que espero para esta lida,
É minha vida (antologia) colada na parede...
Até saciar a cede que d'alma se derrama;
¨Sou da lama a palavra em verso intenso,
Como penso, também sofro quando amo¨.
 
Assim finda todo drama analogia,
Análogo só na poesia.
 
 
Cesar Moura

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